quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Escolas de Jaru: APAE

   
Primeiro local de funcionamento da APAE de Jaru
(Foto: Acervo da APAE)
 
A Escola Especial “Preciso de Carinho” é mantida pela APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Foi fundada em 10 de setembro de 1986 tendo como presidente a senhora Alzira Coelho Baratella, ainda sem local definido para sede e funcionamento. Àquela ocasião, o Lions Clube ofereceu a sede para abrigar a APAE, fazendo também uma colaboração financeira, através do Sr. Valdir José da Silva, (membro do Lions), para a fundação do prédio/APAE, sendo que o então prefeito Leomar José Baratela também se ofereceu para colaborar, se fosse o caso, com despesas de aluguel, que era uma das necessidades do momento. Os convênios existentes eram LBA e SEMESP. Os atendimentos eram oferecidos por profissionais capacitados: professores, psicólogos, assistente social, fisioterapeuta, pedagogo e voluntários.

      Para manutenção da entidade eram realizados eventos como bailes, chá beneficente, feijoada, festa da amizade, bingos, arraial, shows etc. Foi também estabelecido que uma parte dos recursos seriam advindos da própria comunidade e diversos órgãos públicos e entidades que colaboravam em nível de subvenção, entre eles, a Prefeitura de Jaru, a Legião Brasileira de Assistência (LBA), além de outros órgãos.      

Segunda sede da APAE de Jaru
(Foto: Acervo da APAE)
O número de alunos cadastrados para serem beneficiados com o atendimento era um total de 50 (cinquenta), sendo que o atendimento dependia de espaço físico. Para verificação da necessidade e número de alunos a atender foram realizadas, então, visitas domiciliares nas localidades do Município e o espaço físico não comportaria. Foi então que iniciou o atendimento na Escola criada pela APAE em 14/03/87 com 12 (doze) alunos. Os funcionários deveriam ser contratados pelo Governo do Estado, reconhecendo que o processo de estruturação da APAE era lento e o objetivo maior era promover o bem estar e ajustamento geral dos educandos excepcionais no meio em que vive, estimulando estudos e pesquisas relativas aos problemas dos excepcionais, auditivo, visual, mental, físico e comportamental, contando sempre com a ajuda dos órgãos Federais, Estaduais, sócios, Lions Clube de Jaru, comerciantes, industriais, pais, funcionários e comunidades em geral.

      Para melhor funcionamento da escola, sempre na primeira semana de cada ano letivo, além da reunião com os funcionários, realizava-se reunião com os pais, expondo os objetivos e metas do trabalho, onde se solicitava ajuda dos mesmos para conservação do espaço físico da entidade através de mutirões nos finais de semana ou auxílio individual, conforme a possibilidade da cada um. Além disso, todos eram convocados a ajudarem nas festividades promovidas pela escola.      

Sede da APAE em 31 de janeiro de 2020 (Foto: Elias Gonçalves)

Para matrícula do aluno, já se fazia anamnese, estudo socioeconômico, triagens e visitas domiciliares, além de acompanhamento médico pela pediatra voluntária, Dra. Célia. Semestralmente era realizado estudo de caso de cada aluno, com técnicos, ou seja, avaliações gerais das atividades com intuito de saber se foram alcançados os objetivos gerais do trabalho com os alunos e com a família.

      Devido à carência das famílias dos educandos, através da assistente social eram adquiridas as consultas com o Neurologista em Ji-Paraná. Os alunos eram acompanhados das mães, psicólogo e assistente social até o local da consulta. O tratamento dentário era realizado no Centro de Saúde do Município e caso houvesse necessidade de anestesia geral, era encaminhado para o município de Ji-Paraná no Hospital SESP.  Posteriormente a APAE conseguiu instalar-se em prédio próprio, o que facilitou o aperfeiçoamento de suas estruturas.

      A APAE possui condições muito mais adequadas de atendimento aos educandos, sem embargo de todas as dificuldades encontradas pelas instituições escolares semelhantes espalhadas pelo país. No ano de 2004, se iniciou a construção da cozinha experimental e a ampliação da estrutura física da escola para melhor instalação da equipe administrativa e técnico-pedagógica do estabelecimento de ensino, sendo inaugurados esses novos pavilhões no ano de 2005. Posteriormente, passou a serem desenvolvidas atividades pedagógicas, atendimento de psicopedagogia, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia, além de oficinas de capacitação profissional (marcenaria, cozinha experimental e artesanato). No ano de 2005 quatro alunos foram colocados no mercado de trabalho.

      A Escola Especial “Preciso de Carinho” é muito bem aceita pela sociedade jaruense e circunvizinhas. Os alunos participam de competições culturais de níveis estadual e interestadual obtendo excelentes resultados, o que demonstra sua atuação e potencial para o pleno exercício da cidadania. 





   


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