sábado, 17 de maio de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: 5ª e 6ª Legislatura

 Vereadores da 5ª Legislatura (2001-2004)

Aguinaldo da Silva Lenque - 447 votos

Antônio Carmona Tressoldi - 319 votos

Carlos Wagner Matos - 427 votos

Cosme da Soledade Campos Bastos - 287 votos

Geraldo Luiz da Silva - 641 votos

Israel Moret - 434 votos

Ivo Pereira Lima - 698 votos

Jandira de Souza Oliveira - 331 votos

Jean Carlos dos Santos - 531 votos

João Batista da Silva - 468 votos

José Onilson Santos - 452 votos

Manases da Silva Rosa - 407 votos

Milton Louzada de Almeida - 357 votos

Teobaldo Martins Pinto - 533 votos

Ulisses Borges de Oliveira - 810 votos

Suplentes que tomaram posse:

Edirceu Vicente - 346 votos

Otaviano Pereira Neto - 329 votos

Abson Praxedes de Carvalho - 389 votos

Florisvaldo Simões de Oliveira - 299 votos


Ivo Lima, presidente da Câmara na 
4ª Legislatura
A última eleição do segundo milênio realizada no pleito do ano 2000 representou algumas mudanças no Poder Legislativo de Jaru, onde diversos candidatos tiveram a chance de assumir o cargo pela primeira vez. A população foi às urnas pela quinta vez para eleger os candidatos dos poderes Executivo e Legislativo no âmbito municipal e os postulantes ao cargo de vereador que foram eleitos passaram a fazer parte da 5ª legislatura com mandatos para o período 2001-2004. Uma das mudanças na composição do parlamento local ocorreu em 06 de junho de 2001, quando o vereador Manases da Silva Rosa se licenciou da Câmara para assumir a Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social – Semtas e com isso houve a posse de Edirceu Vicente Ferreira.

Em 1º de março de 2002, houve outra mudança na Câmara Municipal de Jaru, dessa vez, apenas temporária. O vereador Milton Louzada de Almeida precisou se afastar para tratamento de saúde e em seu lugar assume o suplente Otaviano Pereira Neto (1966-2003). Outra alteração na Câmara Municipal ocorreu em 28 de fevereiro de 2003, quando foi empossado Abson Praxedes de Carvalho em substituição ao então vereador Jean Carlos dos Santos, que havia se afastado para assumir a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) na gestão do prefeito José Amauri dos Santos.

A antepenúltima alteração registrada durante a legislatura do período 2001-2004 aconteceu no dia 19 de maio de 2003 e se refere a uma mudança já ocorrida em 06 de junho de 2001, quando o vereador Manases da Silva Rosa havia se licenciado do cargo para assumir a Semtas (Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social). Porém, dessa vez, também por tempo indeterminado, Manases se afasta e passa a ser o titular da Secretaria Municipal de Agricultura e novamente Edirceu Vicente Ferreira reassume o cargo de vereador na Câmara Municipal de Jaru. Em 11 de novembro de 2003, ocorreu outro afastamento devido ao fato de vereador eleito ter aceitado o convite para ocupar cargo no Executivo Municipal. Florisvaldo Simões de Oliveira (1954-2018), que era suplente da coligação, tomou posse por tempo indefinido devido ao afastamento do então vereador Teobaldo Martins Pinto que havia assumido a Secretaria Municipal de Agricultura, marcando assim a gestão onde mais vereadores ocuparam cargos no primeiro escalão da Prefeitura de Jaru.

Em 31 de março de 2004, em mais uma oportunidade, Abson Praxedes assume, por tempo indeterminado, o seu cargo na Câmara, sendo desta vez, em substituição ao vereador Teobaldo Martins Pinto, o Nói, que estava na secretaria de Agricultura. Nessa coligação, havia ainda Florisvaldo Simões de Oliveira, que era o segundo suplente.

A pavimentação asfáltica das margens da BR 364
teve o aval da Câmara municipal de Jaru através
 da aprovação dos recursos

Em 29 de junho de 2004, mediante a aprovação da Câmara e sanção do poder Executivo, são criados os distritos de Bom Jesus, Santa Cruz da Serra, Tarilândia e o subdistrito de Jaruaru.

O quadriênio 2001-2004 foi caracterizado pela estabilidade na gestão municipal, onde Executivo e Legislativo caminharam de mãos dadas com foco no progresso do município. Com isso, a zona urbana e os distritos foram contemplados com obras de infraestrutura, construção de escolas, além do projeto e as obras de asfaltamento das margens da BR 364 entre a ponte sobre o Rio Jaru e a Linha 605, que marcaram positivamente o município e a Câmara foi parceira dessas ações.

 Mesa Diretora da Câmara de 2001 a 2004

Regimentalmente, a Mesa Diretora é órgão de direção dos trabalhos legislativos e administrativos da Câmara e conta com quatro vereadores. Entre outras atribuições, sua função é conduzir as ações que serão executadas em cada sessão e colocar os projetos do Executivo – e da própria Casa de Leis – para serem apreciados pelos demais pares. Durante o biênio 2001/2002, a composição ficou da seguinte forma: Presidente: Ivo Pereira Lima; Vice-Presidente: Geraldo Luiz da Silva; 1º Secretário: João Batista da Silva e 2º Secretário: Manases da Silva Rosa. Para o 2º biênio da mesma legislatura (2003/2004) houve apenas duas alterações. As mudanças foram nos cargos de 1º e 2º Secretário e o cenário apresentou a seguinte composição: Ulisses Borges de Oliveira (1º Secretário) e Antônio Carmona Tressoldi (1956-2012), o 2º Secretário.

 Mudança na quantidade de vereadores

A Resolução nº 21.702, de 02 de abril de 2004, emitida pelo Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, alterou a quantidade de vereadores nas Câmaras Municipais de todo o país e, em Jaru, houve uma redução de cinco vagas na Casa de Leis municipal. A mudança definida pelo TSE considerou o número de habitantes de cada localidade e Jaru se encaixou no segundo campo onde determinava que os municípios que possuíssem de 47.620 a 95.238 habitantes deveriam ter dez vereadores. A primeira escala da Resolução feita à época preconizava o mínimo de nove cadeiras no Poder Legislativo Municipal de todo o país e o máximo cinquenta e cinco, sendo essa última para locais onde o número de habitantes fosse acima de 6.547.612.

6ª Legislatura:

Vereadores da 6ª Legislatura (2005-2008)

Adilson Luiz Capelini Faria - 839 votos

Antônio Pereira Cabral - 689 votos

Carlos Wagner Matos - 650 votos

Carmivalda Gomes dos Santos Gom - 646 votos

Celso Rosa da Rocha - 395 votos

Cosme da Soledade Campos Bastos (1962-2024) - 469 votos

Ivo Pereira Lima* (1954-2011) - 892 votos

Juscimar Telek - 558 votos

Manases da Silva Rosa - 621 votos

Aguinaldo da Silva Lenque - 636 votos

Suplentes que tomaram posse:

Jean Carlos dos Santos - 804 votos

Edmilson Batista Moreira - 464 votos

Valdecir Cesco Orlandini** - 628 votos

*Até outubro de 2005

**Por alguns dias devido ao afastamento de Aguinaldo da Silva Lenque (que assumiu a prefeitura de forma provisória) 


Ivo Lima foi o 1º presidente na 6ª
Legislatura

A composição da 6ª Legislatura foi definida no dia 03 de outubro 2004, onde a população foi às urnas para escolher os dez vereadores que seriam eleitos, além dos cargos de prefeito e vice-prefeito. Após serem diplomados e empossados em 1º de janeiro de 2005, os legisladores e membros do Executivo deveriam concluir o mandato apenas em 31 de dezembro de 2008, quando já estaria definido o nome dos próximos representantes da sociedade jaruense. Mas, o período 2005-2008, apresentaria algumas surpresas.

A eleição para a Mesa Diretora que conduziria os trabalhos no período 2005-2006 transcorreu dentro da normalidade. Ivo Pereira Lima e Agnaldo da Silva Lenque foram eleitos respectivamente como Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal e os vereadores Adilson Luiz Capelini Faria e Carmivalda Gomes dos Santos Gon na função de 1º e 2º Secretários. A administração municipal estava caminhando com a reeleição do prefeito José Amauri dos Santos e parecia que seria uma das gestões mais tranquilas. Parecia.

Aguinaldo da Silva Lenque foi
o segundo presidente na 6ª
Legislatura

Em 12 de abril de 2005, a Câmara Municipal recebeu o Ofício nº 035/05-27ª/ZE, o qual comunicava que na data de 11 de abril de 2005, em decisão proferida nos Autos de Investigação Judicial nº 365/2004, o Juízo desta Comarca cassou os diplomas dos senhores José Amauri dos Santos, Melchior Sydnei Daniel e Ivo Pereira Lima (prefeito, vice-prefeito e vereador), sendo o último, então Presidente da Câmara. Em resumo, tratava-se de um processo de compra de votos em que os políticos citados foram acusados, mas todos eles alegaram que eram inocentes e que a acusação não tinha fundamento. À época dos fatos, muito se falou no Artigo 41-A da Lei Eleitoral 9504/97, de 30 de setembro de 1997, uma vez que a referida parte se trata de captação ilícita de sufrágio, um termo desconhecido em outros tempos, mas muito comentado devido à situação política em que o município se encontrava. Pereira (2013, p. 120), registra que “nos onze meses posteriores, houve dez trocas de prefeito [em Jaru], ou seja, praticamente um prefeito por mês”, causando assim uma série de transtornos para a condução dos serviços essenciais sob a responsabilidade do município.

Aguinaldo da Silva Lenque era 
vice-presidente da Câmara, mas chegou
a ocupar o cargo de prefeito entre
outubro e novembro de 2005

Devido aos acontecimentos políticos no âmbito municipal, o então vice-presidente da Câmara, vereador Agnaldo da Silva Lenque, comunicou aos edis do Poder Legislativo em sessão solene realizada no dia 13 de abril de 2005 que se afastaria do cargo em que havia sido eleito pela população e o que estava ocupando na composição da Mesa Diretora para assumir a função de prefeito de forma interina. A insegurança política culminou com a posse de dois vereadores para substituírem provisoriamente Ivo Lima e Agnaldo da Silva Lenque, pois resultados obtidos em instâncias superiores poderiam reverter completamente a situação do momento. Nessa época, os suplentes Jean Carlos dos Santos (1º suplente de Ivo Lima) e Valdecir Cesco Orlandini (suplente de Agnaldo da Silva Lenque) assumem as suas funções na Câmara devido à vacância provocada pela situação política.

Os fatores políticos da época culminaram também com alterações na Mesa Diretora. Em 13 de abril de 2005, durante a 20ª Sessão Extraordinária, deliberou-se entre os vereadores a escolha de um Presidente e Vice-Presidente interinos pelos próximos oito dias, conforme já previa o Regimento Interno do Poder Legislativo. Após a votação, decidiu-se que os vereadores Celso Rosa da Rocha e Antônio Cabral ocupariam os cargos. Foi uma solução provisória, mas necessária para o andamento das ações que cabem ao Poder Legislativo. Dois dias depois, José Amauri dos Santos, Melchior Sidney Daniel e Ivo Pereira Lima obtiveram decisão liminar favorável ao recorrerem à 2ª instância no Tribunal Regional Eleitoral e ambos foram reconduzidos aos cargos em que haviam sido eleitos, fazendo com que a composição dos membros dos poderes Executivo e Legislativo voltasse a ficar da forma como o resultado das urnas havia demonstrado no pleito eleitoral de 2004, mesmo que provisoriamente.

Em 14 de abril de 2005, o então Juiz Eleitoral Dr. Elsi Antônio Dalla Riva, diplomou na sede da Câmara Municipal de Jaru, o 2º colocado nas eleições municipais de 2004 ao cargo de prefeito e vice-prefeita, o senhor Ulisses Borges de Oliveira e a senhora Stella Mari Mortoni. À época, a posse de Ulisses e Stella ficou marcada para o dia 18 de abril de 2005, mas, havendo os senhores José Amauri dos Santos, Melchior Sydnei Daniel e Ivo Lima recorrido à segunda instância em 15 de abril, o Tribunal Regional Eleitoral proferiu sentença em favor dos mesmos, mantendo-os em seus respectivos cargos, permanecendo assim compostos – temporariamente – os órgãos Legislativo e Executivo Municipal.

Novamente, em 29 de agosto de 2005, foi recebido na Câmara Municipal de Jaru, o Ofício nº 109/05-27ªZE, o qual comunicava que na data de 26 de agosto de 2005, em decisão proferida nos Autos de Investigação Judicial nº 365/2004, o Juízo desta Comarca cassou novamente os diplomas dos senhores José Amauri dos Santos, Melchior Sydnei Daniel (Daniel Boiadeiro) e Ivo Pereira Lima. Dessa forma, em 30 de agosto de 2005, em sessão solene realizada no plenário da Câmara Municipal, o senhor Agnaldo da Silva Lenque (então vice-presidente na chapa em que Ivo Lima era presidente), comunicou o seu afastamento do poder legislativo para assumir o cargo de prefeito de forma interina. Nesse momento, ficou definido entre os vereadores, por maioria simples, que a vereadora Carmivalda Gomes dos Santos Gon, a Carmem, assumiria a Presidência da Câmara interinamente. Contudo, mais uma vez, em 1º de setembro de 2005, o Tribunal Regional Eleitoral proferiu sentença em favor de Amauri, Daniel Boiadeiro e Ivo Lima e, por meio de uma liminar, os conduziu, mais uma vez, aos seus referidos cargos.

Embora a eleição da Mesa Diretora para o biênio 2005/2006 tenha definido o vereador Ivo Pereira Lima como Presidente da Casa de Leis, devido ao fato de ter retornado ao cargo liminarmente, posteriormente, tanto ele quanto os demais acusados perderam a causa no julgamento do mérito do processo ainda no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RO) naquele ano. Com isso, tiveram que deixar os cargos para aguardarem a decisão definitiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora do mandato. Em 04 de novembro de 2005, a Câmara empossou Ulisses Borges de Oliveira, o segundo colocado na eleição municipal de 2004, no cargo de prefeito. A posse definitiva de Ulisses pela Câmara foi antecedida por uma polêmica posse feita pelo Poder Judiciário local, uma vez que, legalmente, cabe às Câmaras Municipais a realização de tal ato cerimonial.

Em 21 de setembro de 2005, o vereador Edmilson Batista Moreira, que era suplente do vereador Manases da Silva Rosa, assume uma cadeira na Câmara Municipal. O motivo foi que o titular da cadeira no legislativo havia se afastado do cargo para assumir a função de Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento.

Tonhão foi o 3º presidente da 
Casa de Leis em Jaru

O poder legislativo também contou com nova composição na Mesa Diretora nos anos de 2007 e 2008. Por decisão dos parlamentares, a formação ficou da seguinte forma: Antônio Pereira Cabral (presidente), Carlos Wagner Matos (vice-presidente), Carmivalda Gomes Gon (1ª secretária) e Jean Carlos dos Santos (2º secretário).

O processo de suposta compra de votos enfrentado por Ivo Lima, Amauri e Daniel Boiadeiro não abalou a confiança de nenhum deles, tampouco afugentou os seus eleitores, que naquele momento os viram como vítimas de um plano bem orquestrado. Amauri foi eleito como deputado estadual no ano de 2006 com a votação recebida de 11.849 eleitores e Ivo Lima retornou ao Poder Legislativo de Jaru de forma triunfal dois anos depois, quando, em 2008, foi eleito com 837 votos, o que lhe garantiu o quarto lugar no pleito. Além disso, o grupo político também conseguiu eleger Jean Carlos dos Santos naquele mesmo ano para o cargo de prefeito de Jaru em uma disputa com vários candidatos. O expressivo resultado credenciou Ivo Lima para ser novamente presidente da Câmara no 1º biênio da 7ª Legislatura. Já Daniel Boiadeiro, que não tinha uma carreira política, ficou, apenas, na primeira – e única – experiência, pois não disputou mais cargos eletivos.

A Câmara Municipal de Jaru foi composta por dez vereadores apenas nos pleitos de 2004 e 2008.  Em 23 de setembro de 2009, mediante a aprovação federal da Emenda Constitucional nº 58 houve uma alteração na redação do inciso IV dos Artigos 29 e 29-A da Constituição Federal, tratando das disposições relativas à recomposição das Câmaras Municipais. O município de Jaru foi contemplado nas regras definidas na alínea d, onde determinava que as localidades com mais de 50 mil habitantes e menos de 80 mil deveriam ter quinze vereadores. O Poder Legislativo também aprovou a Emenda nº 011/CMJ/MD/11 à Lei Orgânica do Município de Jaru em 20 de setembro de 2011 e, em uma nova redação, promulgou a alteração que entraria em vigor na eleição municipal de 2012.

Durante a gestão do prefeito Ulisses Borges (novembro de 2005 a junho de 2008), a Câmara votou e aprovou projetos do Executivo com foco na população, entre eles, o Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) dos servidores municipais, o Plano Diretor e a autorização para que os setores 4, 5, 6 e 8, além do Industrial, pudessem fazer a tão sonhada escritura pública. Em 2008, já na administração Stella Mari, o município entrou na era semafórica e ganhou três semáforos de uma única vez, ambos na Avenida Padre Adolpho Rohl. 

FONTE:

PEREIRA, Elias Gonçalves. Câmara Municipal de Jaru: 42 anos. 

Link das publicações:

1ª e 2ª Legislatura

3ª e 4ª Legislatura

5ª e 6ª Legislatura

7ª e 8ª Legislatura

9ª e 10ª Legislatura

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