sábado, 14 de abril de 2012

Prefeitos de Jaru: Ulisses Borges

Ulisses Borges de Oliveira nasceu em Irajuba (BA), no dia 2 de novembro de 1956. Filho de José Araújo de Oliveira e Rachel Borges de Araújo ele viveu até a década de setenta em sua terra natal. A chegada de Ulisses ao então distrito de Jaru ocorreu em 20 de abril de 1976. Segundo ele, o local era apenas uma vila associada ao Projeto de Colonização Padre Adolpho Rohl.
Ex-prefeito Ulisses Borges (Foto: Elias Gonçalves) 

Antes de exercer cargo público em Jaru, Ulisses Borges foi técnico em agropecuária. A primeira vez que Ulisses Borges participou da política em Jaru foi disputando o cargo de vereador na eleição de 1988 pelo antigo Partido Democrático Social (PDS). Na oportunidade ele obteve 190 votos. 

Em 1992, na terceira eleição municipal, Ulisses Borges é eleito para o cargo de vereador com 316 votos, o sexto mais votado do pleito eleitoral. Durante o seu primeiro mandato, Ulisses foi eleito como Presidente da Câmara Municipal para o biênio 1993-1994. Ulisses foi eleito vereador pela segunda vez em 1996 com 444 votos e no período de 1997-1998 foi novamente presidente do Poder Legislativo municipal. O ano 2000 foi marcante na vida política de Ulisses Borges. Ele obteve 810 votos na eleição municipal, quantidade suficiente para colocá-lo como o vereador mais votado na eleição daquele ano.

A primeira esposa de Ulisses Borges se chamava Selma Cândido do Rosário Oliveira. Dessa união nasceram dois filhos. Após o falecimento de Selma Oliveira, Borges se casa com Tânia Bezerra com quem convive até hoje.  Ao todo ele tem cinco filhos e somente um mora em Jaru; três deles residem em Porto Velho e outro nos Estados Unidos.

Então prefeito Ulisses Borges e o time da Jaruense que disputou o campeonato estadual de 2006 a 2008
(Foto: Acervo Pessoal de Wandervan Coelho dos Reis)

A expressiva votação que obteve na eleição ocorrida no ano 2000 fez com que Ulisses Borges almejasse vôos mais altos. Em outras palavras ele acreditava que estava preparado para ser prefeito do município em que foi vereador por três mandatos consecutivos. Contudo, antes de disputar o cargo, Ulisses foi candidato a deputado estadual em 2002 pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e conseguiu 5.021 votos, mas a votação obtida não foi suficiente para conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa. Em 2004, Ulisses Borges acredita estar preparado para ser prefeito de Jaru e concorre com o então prefeito José Amauri dos Santos (PMDB) que almejava a reeleição. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) divulgou o seguinte resultado: 13.625 votos para Amauri (47,85% dos votos válidos) e 12.129 (42,6%) para Ulisses. Uma diferença de pouco mais de cinco por cento dos votos impediu que Ulisses Borges de Oliveira fosse escolhido pelo voto popular.

Contudo, uma reviravolta no processo eleitoral, abriu um precedente para a posse de Ulisses Borges no cargo de prefeito. Amauri dos Santos que havia sido reeleito foi denunciado por suposta compra de votos e após análise da Justiça foi afastado da prefeitura no dia 10 de outubro de 2005 tendo que se defender das acusações fora do cargo. Depois de um breve período de entra-e-sai no comando da Prefeitura, onde o vice-presidente da Câmara, Agnaldo da Silva Lenque era prefeito enquanto se esperava uma nova decisão judicial, Ulisses assumiu o cargo no dia 04 de novembro de 2005. O período 2005-2008 bateu recordes de trocas de prefeitos em Jaru. Os 25 anos de emancipação político-administrativa comemorados em 2006 foram antecedidos por uma crise sem precedentes, pois em onze meses houve dez trocas de prefeito, uma média de quase um administrador por mês.

Ulisses Borges foi prefeito de Jaru de 4 de novembro de 2005 a junho de 2008. Entretanto, em 23 de maio de 2006, a vice-prefeita Stella Mari Mortoni foi “prefeita por um dia” quando Ulisses foi afastado do cargo e, por decisão da Justiça, voltou no dia seguinte. Ulisses Borges tem como uma das conquistas de sua administração o almejado Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores do município de Jaru. A Lei Municipal 1036/GP/07, após várias análises e aprovação pelo Poder Legislativo foi sancionada por Ulisses Borges em 20 de junho de 2007. Ulisses não colocou o PCCS em funcionamento, mas a sanção do Plano foi o último passo para que o mesmo pudesse ser efetivado, garantindo assim a necessária valorização aos funcionários públicos municipais.

Ex-prefeito Ulisses discursando
Ulisses Borges citou algumas ações de sua administração, dentre elas, a resolução do problema existente no instituto de previdência, o Jaru-Previ. Segundo ele, em seu período, a Prefeitura analisou a real situação da previdência municipal, parcelou os débitos e elaborou uma lei para que os repasses do Jaru-Previ fossem descontados diretamente no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), impedindo assim, segundo ele, futuros transtornos aos servidores municipais estatutários. De acordo com Ulisses Borges, os Setores 4, 5, 6 e 8, bem como a Área Industrial ficaram prontos para fazerem a escritura pública durante o período em que esteve à frente do Executivo Municipal, além da construção de poços artesianos em Santa Cruz da Serra e Jaru-Uaru.

Questionado pelo escritor Elias Gonçalves sobre as denúncias que culminaram com o seu afastamento do cargo de prefeito, Ulisses Borges foi enfático: “nada foi provado e tenho a consciência tranquila”, disse. Ulisses foi afastado pela Câmara Municipal acusado de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que se refere ao índice da Folha de Pagamento do município. De acordo com Ulisses, o fato da ultrapassagem do percentual destinado ao pagamento dos salários dos servidores municipais foi devido ao fluxo de arrecadação que às vezes diminui ou aumenta a cada mês, modificando assim o índice da folha. “Os recursos que entram nas contas da Prefeitura não são idênticos nos doze meses do ano, por isso há diferença de percentuais”, explicou. Ulisses declarou ainda que todas as denúncias que foram feitas contra ele foram consideradas sem fundamento pela Justiça.

Ulisses Borges de Oliveira se define como um homem comum com seus princípios religiosos. Ele diz que é temente a Deus, respeita a todos e procura fazer o bem dentro de suas limitações. 



2 comentários:

  1. Foi um ótimo prefeito, sou muito grata a ele por ter assinado o plano de cargos e carreiras do servidor público Municipal

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    1. O texto está atualizado e com mais informações sobre a gestão dele.

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