quinta-feira, 19 de junho de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: 11ª Legislatura

Tatiane de Almeida Domingues

A décima primeira Legislatura da Câmara Municipal se iniciou em 1º de janeiro de 2025 com a posse dos quinze vereadores escolhidos pelo eleitorado. Após a deliberação dos parlamentares, definiu-se que uma mulher estaria à frente do Legislativo pela segunda vez na história de Jaru. Entre as quatro mulheres eleitas, a escolhida como Presidente foi a vereadora Tatiane de Almeida Domingues, a Tatiane da Saúde. Até o dia 16 de junho de 2025, a vice-presidência ficou com a vereadora Suhelen Fernanda e os cargos de 1º e 2º secretários, estiveram, respectivamente, com Rafael Lopes (o mais votado na eleição de 2024) e Sílvio Aquerley da Silva, o Schimiti Patroleiro.

Durante a 11ª legislatura, a parceria entre Legislativo e Executivo se fortaleceu e várias realizações de interesse social tramitaram em tempo recorde no parlamento. Com isso, a população pôde ser melhor assistida pelos entes federados no que diz respeito ao âmbito municipal. Entre os vários projetos apreciados estão ações que garantiram a vinda de importantes obras como a construção do aguardado Centro de Hemodiálise. Além disso, em 03 de fevereiro de 2025, durante a 3ª sessão extraordinária, a Câmara votou e aprovou três projetos de lei bem específicos, onde o Poder Executivo, por meio do prefeito Jeverson Lima, foi autorizado a abrir no orçamento vigente crédito adicional especial destinado à pavimentação e duplicação da Avenida Rio de Janeiro no trecho entre a BR-364 e a Rua Sergipe. Vale salientar que tais obras foram oriundas de emendas parlamentares do deputado federal Lúcio Mosquini, parceiro de grandes realizações em Jaru.

Projetos originados na Câmara também contribuíram com o fortalecimento de importantes setores. Um dos exemplos é o Março Roxo, de autoria legislativa e aprovado na sessão de 07 de abril de 2025 graças a uma solicitação de uma moradora do subdistrito de Jaruaru. A proposta instituiu de forma anual no calendário oficial jaruense um mês inteiro de conscientização sobre a epilepsia, visando especialmente o acolhimento. Entre as ações previstas estão campanhas educativas e ações informativas, ambas voltadas à orientação da população sobre os sintomas, bem como as formas de tratamento e o método que deve ser utilizado para ajudar uma pessoa quando a mesma estiver com crise epiléptica.

Em maio de 2025, por exemplo, o Legislativo votou o projeto de autoria da Casa de Leis, onde instituiu o Leilão Direito de Viver como uma ação integrante do calendário anual de atividades municipais. Realizado em prol do Hospital do Amor da Amazônia, o evento tem como objetivo arrecadar fundos que possam auxiliar no tratamento contra o câncer, beneficiando assim de forma direta não apenas o município de Jaru, mas todo o Estado de Rondônia, tendo a sua realização oficializada para o último domingo de outubro. Após ser promulgada pelo prefeito Jeverson Lima, a lei recebeu o nº 4.032 e foi publicada no Diário Oficial em 13 de maio do corrente ano.

Vários projetos de interesse da população foram apreciados pelo legislativo de forma a contemplar os munícipes. Um deles, com o valor de quase Um Milhão de Reais, visa a implantação de dois ecopontos de coleta seletiva para o município. Oriunda do poder executivo, a ação representa um divisor de águas em Jaru, pois além do recolhimento do lixo de forma apropriada, os parlamentares aprovaram recursos para a prefeitura contratar uma cooperativa de reciclagem, proporcionando, dessa forma, um destino adequado aos materiais que podem ser reciclados.

Em 30 de maio de 2025, o juiz Alencar das Neves Brilhante, atendendo a uma solicitação do vereador Éverson Campos de Queiroz (PL), anulou a eleição da Mesa Diretora ocorrida em 1º de janeiro de 2025 por suposta inobservância ao critério de proporcionalidade partidária e determinou que uma nova eleição fosse realizada no prazo de trinta dias após a notificação da presidência da Casa.  Um dos motivos alegados na petição que pediu a anulação da Mesa Diretora foi que a mesma estava composta por apenas dois partidos – um cargo para o União Brasil e três para o MDB – embora a Câmara contasse com parlamentares representantes de sete agremiações partidárias.

Schimiti Patroleiro, Tatiane da Saúde,
Mestre Café e Celiandro Marrom foram
eleitos para a Mesa Diretora em eleição
ocorrida no dia 17 de junho de 2025

Diante disso, em 17 de junho de 2025, aconteceu uma nova eleição para a Mesa Diretora da Câmara. Apenas uma chapa foi inscrita para participar do processo eletivo. Treze parlamentares votaram sim, um se absteve e houve um voto não. Após a apuração, a nova composição da Mesa Diretora ficou da seguinte forma: Tatiane da Saúde – União Brasil (presidente), Sílvio Aquerley, o Schimiti Patroleiro - MDB (vice-presidente), Ademar Lopes, o Mestre Café – PRD (1º secretário) e Celiandro Ribeiro, o Marrom – PSD, na função de 2º secretário. Com as alterações, Rafael Lopes e Suhelen Fernanda deixaram os seus respectivos cargos na Mesa Diretora e Sílvio Aquerley, que era 2º secretário, passou a ocupar a vice-presidência, sendo ambos os eleitos para o biênio 2025-2026.

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sábado, 14 de junho de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: Vereadores que denominaram bens públicos

 

Otaviano Neto
Alguns vereadores que já partiram para outra vida deixaram um legado significativo para o setor a qual representaram e tiveram os seus nomes eternizados em bens públicos. São nomenclaturas que foram registradas em ruas, postos de saúde, entre outros locais de uso coletivo.

Otaviano Pereira Neto (1966-2003), vereador da 4ª legislatura e que assumiu por alguns meses também na 5ª legislatura teve o seu nome denominado em uma rua que, entre outros bairros, passa pelo Jardim Morumbi e Luzia Abranches, além de contar em seu trajeto com dois estabelecimentos que ofertam o ensino superior.

Carmona
Antônio Carmona Tressoldi (1956-2012), se elegeu pela primeira vez em 1992, ano em que foi o mais votado. Ocupou o cargo por três mandatos consecutivos. Desde 07 de dezembro de 2012, o ex-vereador é nome do posto de saúde localizado no Bairro Jardim dos Estados e também denomina uma rua no Loteamento Savana Park.

Ivo Pereira Lima (1954-2011), vereador eleito cinco vezes, sendo a primeiro delas em 1.988, é nome de uma rua no Residencial Savana Park desde o ano de 2012. Geraldo Luiz da Silva, o Nelói (1955-2008), foi agraciado com duas denominações de bens públicos: uma rua no Bairro Jardim Morumbi e também o nome de uma quadra poliesportiva no Setor 04 desde 04 de dezembro de 2023. Já João de Castro Lacerda (1943-1992), denomina o posto de saúde do Setor 04, além do plenário da Câmara, o local onde, semanalmente, acontecem as sessões legislativas.

 

João de Castro Lacerda
Por sua vez, Sisínio Guerra de Almeida (1940-2007), denomina a ala que dá acesso aos gabinetes dos vereadores e também é nome de rua no Loteamento Jardim Cooaja. Porém, ao nominar a via pública, foi utilizada a grafia Cizino Guerra.

sábado, 7 de junho de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: Vereadores que ocuparam cargos no Executivo

Aguinaldão

Até o ano de 2025, seis vereadores tiveram a oportunidade de ocuparem o cargo de prefeito ou vice-prefeito no município de Jaru, mas apenas cinco deles foram, legitimamente, eleitos para tal função. O vice-presidente da Câmara, Aguinaldo da Silva Lenque, o Aguinaldão, eleito como vereador em 2004, acabou exercendo a função de prefeito entre outubro e novembro de 2005, uma vez que o prefeito da época, José Amauri dos Santos, o vice dele, Daniel Boiadeiro e o Presidente da Câmara, Ivo Pereira Lima, haviam sido afastados de seus cargos por suspeita de compra de votos.

O primeiro vereador a ocupar uma função no Executivo Municipal foi Marcos Antônio Chiovetti, eleito em 1988 com 229 votos. Em 1992, Marcos disputou o cargo de vice-prefeito ao lado de Ruy Zimmer (1955-2023) e ambos acabaram sendo eleitos com 5.879 votos para o período de 1993 a 1996.

Amauri

Em seguida, foi a vez do vereador José Amauri dos Santos, conhecido como Amauri, a ocupar a função de prefeito de Jaru. Integrante da segunda e terceira legislaturas (1989-1992 e 1993-1996), Amauri disputou o cargo de prefeito pela primeira vez na eleição municipal de 1996 e, embora tenha alcançado uma expressiva votação, não logrou êxito no pleito. A sua consagração ao mais importante cargo do município ocorreu na eleição municipal de 2000, onde fora eleito como prefeito de Jaru com 15.107 votos. Em 2004, quando disputou a reeleição, Amauri foi reeleito com 13.625 votos, mas uma denúncia protocolada na Justiça acabou cassando o seu diploma e, consequentemente, o cargo do prefeito.

Jean Carlos dos Santos

Jean Carlos dos Santos, outro vereador que ocupou a função de prefeito em Jaru, alcançou 804 votos na eleição municipal de 2004, quando disputou o cargo no legislativo municipal, mas – por ser o 1º suplente de Ivo Lima – acabou assumindo a vereança em 2005, quando o titular foi afastado de suas funções. Jean disputou a Prefeitura de Jaru em duas oportunidades: em 2008, ano em que se sagrou vitorioso ao conseguir 11.517 votos e, em 2012, quando perdeu a eleição para Sônia Cordeiro de Souza do Partido dos Trabalhadores (PT).

Ulisses Borges

Ulisses Borges de Oliveira, vereador por três mandatos consecutivos em Jaru, também chegou ao Executivo Municipal. Eleito como para a Câmara Municipal pela primeira vez para a 3ª legislatura (1993-1996), Ulisses se sagrou vitorioso no legislativo nas duas eleições municipais seguintes (1996 e 2000). Porém, em 2004, o então vereador decide disputar o cargo de prefeito e, conforme o resultado oficial do pleito, alcançou 12.129 votos e ficou em segundo lugar. Entretanto, devido ao fato de o prefeito eleito, José Amauri dos Santos, ter sido denunciado por suposta compra de votos na eleição de 2004, a Justiça decide que quem deveria assumir o destino do município é o segundo colocado. Ulisses toma posse de forma definitiva em 04 de novembro de 2005 e fica no cargo até junho de 2006, quando teve o seu mandato cassado pela Câmara, acusado de hipotéticas irregularidades, fato que o político nega ter cometido.

Jeverson Lima

O último vereador a ser prefeito de Jaru – até a eleição municipal de 2024 – é Jeverson Luiz de Lima. Eleito para o poder legislativo em 2012 com 1.179 votos (a maior votação do pleito), Jeverson Lima herdou de seu pai, Ivo Pereira Lima, a veia política e construiu uma carreira vitoriosa.  Em 2016 e 2020, disputou o cargo de vice-prefeito com João Gonçalves Silva Junior e ambos foram eleitos. Já em 2024, ao se lançar candidato a prefeito de Jaru com o vice Grécio Benedito, alcançou 16.342 votos (o equivalente a 55,75% da votação válida) e foi eleito como prefeito para o quadriênio 2025-2028. 

 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: 9ª e 10ª Legislatura

 Vereadores da 9ª Legislatura (2017-2020)

Ademir Roberto da Silva – 973 votos

Antônio Carlos Bezerra – 723 votos

Clóvis Morali Andrade – 483 votos

Edmar Parlote – 575 votos

Francisco Baquer – 483 votos

Gelson da Hora – 1.486 votos

Ilson Pedro Felix – 630 votos

José Claudio Gomes da Silva – 546 votos

Josemar Figueira – 596 votos

Luís Chiarentin – 797 votos

Marcos Machado Miranda – 545 votos

Orlando Costa dos Anjos – 496 votos

Paulo Pereira Sampaio – 407 votos

Renato Rodrigues de Oliveira – 983 votos

Valdivino Francisco Pereira – 427 votos

Suplentes que tomaram posse:

Edivaldo de Oliveira (Badu) – 449 votos

João Matias Vieira – 432 votos 

Vereador Amarelinho foi presidente nos
dois biênios da 9ª Legislatura

A 9ª Legislatura foi marcada por um trabalho de parceria entre Legislativo e Executivo. O vereador Amarelinho, que na gestão anterior havia assumido a presidência da Casa no lugar de Orlandini, é reconduzido ao cargo pelos seus pares. Junto com ele, na composição da Mesa Diretora no 1º biênio (2017-2018) ficou Orlando Costa dos Anjos (vice-presidente), além de Francisco Baquer e Renato Rodrigues, respectivamente, 1º e 2º secretários.

Durante a segunda metade da legislatura houve algumas mudanças pontuais na formação da Mesa Diretora. A presidência continuou com José Cláudio Gomes e a vice-presidência na responsabilidade do vereador Ilson Pedro Félix. Da mesma forma, Francisco Baquer continuou como 1º secretário e Edmar Parlote assumiu a função de 2º secretário no parlamento.

Em 06 de setembro de 2018, houve a primeira mudança na composição da Câmara. Em virtude de algumas denúncias protocoladas na esfera judicial, o então vereador Josemar Figueira acabou renunciando ao mandato no dia 03 de setembro e, em seu lugar, assumiu o 1º suplente do Partido dos Trabalhadores, João Matias Vieira, que permaneceu no cargo até o dia 31 de dezembro de 2020.

Outra mudança no legislativo ocorreu em 15 de abril de 2019 com a posse do vereador Edivaldo de Oliveira, o Badu Som. Empossado no lugar de Clóvis Morali, que teve os direitos políticos suspensos decorrente de sentença condenatória, o novo parlamentar fez um mandato em oposição à gestão municipal e permaneceu na função até o fim da 9ª legislatura.

Jaru voltou a contar com um parlamentar em Brasília com a posse do deputado federal Lúcio Mosquini em 1º de fevereiro de 2015. E os resultados, desde então, foram visíveis. Além disso, a criação da Associação Amigos de Jaru, definida como Entidade de Utilidade Pública pela Lei nº 2304, de 02 de junho de 2018, representou um marco na história local. No caso específico da referida associação, um dos projetos marcantes, foi a construção em tempo recorde do novo prédio do Hospital Municipal Sandoval de Araújo Dantas. Em todas as ações, a Câmara atuou com o seu papel fiscalizador e aprovou projetos que possibilitaram o provimento de recursos que garantiram a efetivação das obras.

As grandes realizações que aconteceram no município foram oriundas, principalmente, de emendas federais e a contrapartida da Prefeitura foi aprovada pelos vereadores, que entenderam a importância da alocação de cada montante financeiro. Inúmeras obras foram realizadas nos oito anos da gestão João Gonçalves Junior, tais como a construção do Centro de Especialidades Médicas, do Lar do Idoso, das escolas Maria do Socorro e Tânia Barreto, entre muitas outras, sendo, sempre com a participação do legislativo.

10ª Legislatura (2021-2024)

Vereadores da 10ª Legislatura

Dr. Luís do Hospital – 2.237 votos

Ilson Pedro Felix – 556 votos

Rafael Lopes – 654 votos

Professora Damiana – 345 votos

Sol de Verão – 800 votos

Amarelinho – 661 votos

Chiquinho do Cacau – 439 votos

Denísia do Carlinhos – 444 votos

Marcão – 569 votos

Neuza Orlandini – 421 votos

Professor Carlos – 352 votos

Renato Cabeleireiro – 549 votos

Romário Gomes – 409 votos

Schimiti Patroleiro – 572 votos

Valmir Carteiro – 515 votos

Suplentes que tomaram posse:

Paulão do Esporte: 486 votos

Dr. Luís do Hospital foi o 1º presidente
durante a 10ª Legislatura

Durante a eleição que definiu os 15 vereadores que fariam parte da 10ª legislatura municipal, o município de Jaru escolheu o vereador Luís Eduardo Schincaglia, o Luís do Hospital, com a maior votação de todos os tempos, uma vez que o parlamentar conseguiu incríveis 2.237 votos, o equivalente a 7,78% de todo o eleitorado jaruense. O expressivo resultado consagrado nas urnas fez com que o político chegasse ao mais alto cargo entre seus pares: o de presidente do poder legislativo local.

Diante disso, a Mesa Diretoria no biênio 2021-2022 ficou composta da seguinte forma: Luís do Hospital (presidente), Ilson Félix (vice-presidente), além de Rafael Vaz Lopes e Luzia de Fátima, a Sol de Verão, como 1º e 2º secretários.

Entretanto, o então presidente da Câmara, Luís do Hospital, disputou o cargo de deputado estadual na eleição de 2022 e foi eleito com 18.248 votos, o equivalente a 2,09% dos eleitores rondonienses.  Com isso, o parlamentar renunciou ao cargo de vereador e, em seu lugar, assumiu, no dia 10 de janeiro de 2023, o representante de Tarilândia, Paulo Pereira Sampaio, o Paulão do Esporte, que havia alcançado 486 votos e ficado na suplência.

Ilson Félix foi presidente da
Câmara no biênio 2023/2024

A composição da Mesa Diretora no 2º Biênio da 10ª Legislatura ficou da seguinte forma: Ilson Félix que era vice-presidente na administração anterior assumiu a presidência do legislativo e o vereador Paulo Pereira Sampaio, o Paulão do Esporte, ocupou o cargo de vice-presidente. As funções de 1º e 2º secretários ficaram, respectivamente, com Rafael Vaz Lopes e Maria Damiana Felício de Souza.

A continuidade do mandato federal de Lúcio Mosquini, aliada à eleição do deputado estadual Dr. Luís do Hospital, resultou em mais benefícios para Jaru, entre eles, o Centro Comercial Urbano, asfaltamento em várias ruas, apoio a associações de produtores rurais, duplicação em trechos das avenidas Florianópolis e Tapajós, Feirão do Produtor e o Teatro Dirce Ferreira Pinto. É notório que a parceria da Câmara com o Executivo possibilitou a concretização de importantes obras. Porém, a mais marcante, com verba solicitada pelo deputado Mosquini, foi a duplicação da ponte sobre o Rio Jaru na BR-364, que garante uma importante melhoria no fluxo de veículos que trafegam pela rodovia federal.

FONTE:

PEREIRA, Elias Gonçalves. Câmara Municipal de Jaru: 42 anos. 

Link das publicações:

1ª e 2ª Legislatura

3ª e 4ª Legislatura

5ª e 6ª Legislatura

7ª e 8ª Legislatura

9ª e 10ª Legislatura

sábado, 24 de maio de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: 7ª e 8ª Legislatura

 7ª Legislatura (2009-2012)

Celso Rocha da Rocha – 615 votos

Denísia Messias da Silva – 842 votos

Edivando Regis de Oliveira – 583 votos

Evaldo Cilistrino Mendes – 641 votos

Francisco H. Costa Bezerra – 763 votos

Gerson Gomes Gonçalves – 804 votos

Ivo Pereira Lima - 837 votos

Lúcia de Fátima Costa – 889 votos

Mirley Emanuel dos Santos – 648 votos

Valdecir Cesco Orlandini – 1.333 votos

 Suplentes que tomaram posse:

José Augusto Radialista – 634 votos

Paulão do Esporte – 542 votos

Leandro de Oliveira Leal – 302 votos

Clóvis Morali Andrade – 725 votos

Maria Aparecida S. Cabral – 490 votos

Ivo Lima foi o 1º presidente
da Câmara na 7ª Legislatura

A Mesa Diretora durante o primeiro biênio da 7ª Legislatura (2009/2010) foi composta da seguinte forma: Ivo Pereira Lima (Presidente); Gerson Gomes Gonçalves (vice-presidente), além de Celso Rosa da Rocha e Denísia Messias da Silva nas funções de 1º e 2º secretários.

Durante a segunda metade da legislatura (2011/2012), a Mesa Diretora da Câmara foi alterada e o vereador Gerson Gomes que era vice-presidente no biênio anterior, assume a presidência da Casa. A função de vice-presidente fica com o Professor Evaldo Mendes e os cargos de 1º e 2º secretários passam a ser dos vereadores Lúcia de Fátima e Francisco Hildemburg Costa Bezerra. Entretanto, em 25 de março de 2011, o então suplente José Augusto Radialista assume o lugar de Francisco Hildemburg, que não pode continuar exercendo o mandato, após ter marcado presença em uma licitação municipal, contrariando assim as regras vigentes.

Gerson Gomes foi presidente da Câmara
no 2º biênio da 7ª Legislatura

Em 04 de fevereiro de 2011, o município sofreu uma grande perda na esfera política com a morte repentina do então vereador Ivo Pereira Lima quando o mesmo retornava de uma agenda em Brasília. Em virtude disso, quem assumiu o seu cargo foi o professor Clóvis Morali. A posse aconteceu em 16 de fevereiro de 2011, mas Clóvis permaneceu no parlamento menos de dois meses, uma vez que retornara ao cargo de Secretário Municipal de Educação. Em seu lugar, assume em 11 de abril de 2011, o vereador Leandro de Oliveira Leal. Outra mudança ocorrida na 7ª Legislatura foi a posse da vereadora Maria Aparecida Silva Cabral, que assumiu o lugar de Edivando Régis de Oliveira, que havia sido empossado no cargo de administrador do distrito de Tarilândia. O mandato de Cida do Tonhão, como a então vereadora é conhecida, teve início em 14 de junho de 2011 e se encerrou em 2012.

Durante a gestão 2009-2012, Câmara e Prefeitura tiveram os mesmos ideais e o município que havia enfrentado um período turbulento com constantes trocas de prefeito no quadriênio anterior pôde, finalmente, caminhar em franco desenvolvimento. Além de projetos de asfaltamento, ampliação da frota própria, entre outras benfeitorias, houve a edificação de um novo prédio para a escola municipal Marechal Cordeiro de Farias na Linha 619 e a construção no Centro de Convenções José Carlos da Silva, através da Lei nº 1.494, de 29 de março de 2011. Em todas essas frentes, o Legislativo esteve de mãos dadas com a população para garantir a execução das obras.

8ª Legislatura (2013 - 2016)

Antônio Pereira Cabral – 544 votos

Benildo Márcio da Silva – 514 votos

Cássia Gomes dos Santos – 793 votos

Clóvis Morali Andrade – 930 votos

Edimilson Batista Moreira – 498 votos

Eneir Martins Rodrigues – 574 votos

Evaldo Cilistrino Mendes – 455 votos

Jeverson Luiz de Lima – 1179 votos

José Augusto da Silva – 896 votos

José Claudio Gomes da Silva – 704 votos

Josemar Figueira – 774 votos

Luiz Carlos Cesconete – 423 votos

Moisés Zalém Oliveira Soté – 478 votos

Roseli Capelini Batista – 448 votos

Valdecir Cesco Orlandini – 654 votos

Suplentes que tomaram posse:

Audicleverson Glauber da Silva (Naná) – 261 votos

Josemar Figueira foi o 1º presidente na
8ª Legislatura

A 8ª Legislatura, iniciada em 1º de janeiro de 2013, teve na composição da Mesa Diretora no 1º biênio (2013-2014), os seguintes vereadores: Josemar Figueira (presidente), Edimilson Batista Moreira (vice-presidente), Roseli Capeline Batista (1ª secretária) e Antônio Pereira Cabral, o Tonhão, na função de 2º secretário. Durante os primeiros dois anos, a relação entre Legislativo e Executivo foi formada por meio de uma grande parceria. Projetos de interesse da Prefeitura foram aprovados e o clima era bastante harmônico.

Orlandini foi o 2º presidente
 na 8ª Legislatura

Já o 2º biênio, iniciado em janeiro de 2015, foi marcado por um clima de desarmonia em relação ao Executivo Municipal, onde diversos parlamentares se declararam oposicionistas à gestão Sônia Cordeiro (PT), o que culminou com a cassação do mandato da prefeita em dezembro de 2015 por suspeita de se adulterar o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – assinado entre Prefeitura e Ministério Público (MP), fato que Sônia nega ter cometido. Inicialmente, a Mesa Diretora foi composta por Valdecir Cesco Orlandini (presidente), José Cláudio Gomes da Silva, o Amarelinho (vice-presidente), além de Roseli Capeline Batista e Jeverson Luiz de Lima como 1º e 2º secretários.  

Em 25 de agosto de 2015, após a Câmara decidir pelo afastamento de Sônia Cordeiro, o então vice-prefeito Inaldo Pedro Alves foi empossado no cargo de prefeito. Entretanto, Sônia entrou na Justiça e conseguiu ser reconduzida à função em que fora, legitimamente, eleita. Todavia, após dar continuidade ao processo investigatório contra a gestão municipal, a Câmara afastou novamente a prefeita Sônia Cordeiro por 90 dias e empossou Inaldo como prefeito em 22 de setembro de 2015. Sônia conseguiu voltar ao seu cargo, mas a Câmara acabou cassando o seu mandato de forma definitiva. Em 21 de dezembro de 2015, Inaldo é empossado pela terceira vez. Com isso, o gestor acabou concluindo o mandato em 31 de dezembro de 2016.

Voltando um pouco no tempo, chega-se à tarde do dia 20 de maio de 2015, momento em que ocorreu a prisão em flagrante do vereador Valdecir Orlandini, durante a Operação Lampejo. Na ocasião, o presidente da Câmara foi acusado de ter pedido propina para a prefeita Sônia Cordeiro. À época do fato, Orlandini alegou em sua defesa que estaria sendo vítima de uma armação e que teria elementos suficientes para provar sua inocência.  Mas, mesmo assim, a Justiça o condenou em 2017. Valdecir Orlandini disputou a eleição de 2016, alcançou 326 votos e não foi eleito. Em 2020, conseguiu eleger sua esposa, Neuza Orlandini.

Em virtude da denúncia contra Valdecir Orlandini, o parlamentar pediu um afastamento de trinta dias da Câmara e, em 29 de junho de 2015, renunciou ao cargo de presidente do poder legislativo. Em 26 de outubro de 2015, os vereadores votaram uma possível cassação do mandato e o placar ficou 9 a 5 a favor de Orlandini. Nessa sessão, o 3º suplente Audicleverson Glauber da Silva (1971-2023) foi convocado para votar, mas a sua presença em plenário não foi suficiente para interromper o mandato que Orlandini havia conquistado nas urnas. A convocação de Naná, como o político e servidor público municipal era conhecido, para votar a cassação do mandato de Orlandini, se baseou no artigo 7º do Decreto-Lei Federal 201/67. O 1º suplente estava impedido por ter interesses direto no assunto e no caso presente. O 2º suplente se manifestou formalmente pelo desinteresse por motivos particulares em não participar da votação, sendo, portanto, convocado o 3º suplente.

Amarelinho foi o 3º presidente
na 8ª Legislatura

Com a saída de Orlandini da presidência da Casa Leis, o vice dele, José Cláudio Gomes da Silva, o Amarelinho, assume a responsabilidade de conduzir o poder legislativo jaruense pelo restante do biênio e fica no cargo de 29 de junho de 2015 a 31 de dezembro de 2016.

Entre as principais marcas da administração municipal no triênio 2013-2015 (gestão de Sônia Cordeiro), estão a doação do antigo terreno da Expoaja para o IFRO, o que garantiu a implantação de um campus do Instituto Federal de Rondônia em Jaru. Além disso, as unidades locais do Senac e do Senai também só vieram para o município após a prefeitura enviar o projeto para o legislativo e os parlamentares, entendendo a importância dos dois órgãos, aprovarem em tempo recorde os recursos que garantiram o apoio da municipalidade. Outro fato marcante foi a doação de dez alqueires de terra para a instalação da EFA – Escola Família Agrícola – Dom Antônio Possamai.

FONTE:

PEREIRA, Elias Gonçalves. Câmara Municipal de Jaru: 42 anos. 

Link das publicações:

1ª e 2ª Legislatura

3ª e 4ª Legislatura

5ª e 6ª Legislatura

7ª e 8ª Legislatura

9ª e 10ª Legislatura

sábado, 17 de maio de 2025

História da Câmara Municipal de Jaru: 5ª e 6ª Legislatura

 Vereadores da 5ª Legislatura (2001-2004)

Aguinaldo da Silva Lenque - 447 votos

Antônio Carmona Tressoldi - 319 votos

Carlos Wagner Matos - 427 votos

Cosme da Soledade Campos Bastos - 287 votos

Geraldo Luiz da Silva - 641 votos

Israel Moret - 434 votos

Ivo Pereira Lima - 698 votos

Jandira de Souza Oliveira - 331 votos

Jean Carlos dos Santos - 531 votos

João Batista da Silva - 468 votos

José Onilson Santos - 452 votos

Manases da Silva Rosa - 407 votos

Milton Louzada de Almeida - 357 votos

Teobaldo Martins Pinto - 533 votos

Ulisses Borges de Oliveira - 810 votos

Suplentes que tomaram posse:

Edirceu Vicente - 346 votos

Otaviano Pereira Neto - 329 votos

Abson Praxedes de Carvalho - 389 votos

Florisvaldo Simões de Oliveira - 299 votos


Ivo Lima, presidente da Câmara na 
4ª Legislatura
A última eleição do segundo milênio realizada no pleito do ano 2000 representou algumas mudanças no Poder Legislativo de Jaru, onde diversos candidatos tiveram a chance de assumir o cargo pela primeira vez. A população foi às urnas pela quinta vez para eleger os candidatos dos poderes Executivo e Legislativo no âmbito municipal e os postulantes ao cargo de vereador que foram eleitos passaram a fazer parte da 5ª legislatura com mandatos para o período 2001-2004. Uma das mudanças na composição do parlamento local ocorreu em 06 de junho de 2001, quando o vereador Manases da Silva Rosa se licenciou da Câmara para assumir a Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social – Semtas e com isso houve a posse de Edirceu Vicente Ferreira.

Em 1º de março de 2002, houve outra mudança na Câmara Municipal de Jaru, dessa vez, apenas temporária. O vereador Milton Louzada de Almeida precisou se afastar para tratamento de saúde e em seu lugar assume o suplente Otaviano Pereira Neto (1966-2003). Outra alteração na Câmara Municipal ocorreu em 28 de fevereiro de 2003, quando foi empossado Abson Praxedes de Carvalho em substituição ao então vereador Jean Carlos dos Santos, que havia se afastado para assumir a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) na gestão do prefeito José Amauri dos Santos.

A antepenúltima alteração registrada durante a legislatura do período 2001-2004 aconteceu no dia 19 de maio de 2003 e se refere a uma mudança já ocorrida em 06 de junho de 2001, quando o vereador Manases da Silva Rosa havia se licenciado do cargo para assumir a Semtas (Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social). Porém, dessa vez, também por tempo indeterminado, Manases se afasta e passa a ser o titular da Secretaria Municipal de Agricultura e novamente Edirceu Vicente Ferreira reassume o cargo de vereador na Câmara Municipal de Jaru. Em 11 de novembro de 2003, ocorreu outro afastamento devido ao fato de vereador eleito ter aceitado o convite para ocupar cargo no Executivo Municipal. Florisvaldo Simões de Oliveira (1954-2018), que era suplente da coligação, tomou posse por tempo indefinido devido ao afastamento do então vereador Teobaldo Martins Pinto que havia assumido a Secretaria Municipal de Agricultura, marcando assim a gestão onde mais vereadores ocuparam cargos no primeiro escalão da Prefeitura de Jaru.

Em 31 de março de 2004, em mais uma oportunidade, Abson Praxedes assume, por tempo indeterminado, o seu cargo na Câmara, sendo desta vez, em substituição ao vereador Teobaldo Martins Pinto, o Nói, que estava na secretaria de Agricultura. Nessa coligação, havia ainda Florisvaldo Simões de Oliveira, que era o segundo suplente.

A pavimentação asfáltica das margens da BR 364
teve o aval da Câmara municipal de Jaru através
 da aprovação dos recursos

Em 29 de junho de 2004, mediante a aprovação da Câmara e sanção do poder Executivo, são criados os distritos de Bom Jesus, Santa Cruz da Serra, Tarilândia e o subdistrito de Jaruaru.

O quadriênio 2001-2004 foi caracterizado pela estabilidade na gestão municipal, onde Executivo e Legislativo caminharam de mãos dadas com foco no progresso do município. Com isso, a zona urbana e os distritos foram contemplados com obras de infraestrutura, construção de escolas, além do projeto e as obras de asfaltamento das margens da BR 364 entre a ponte sobre o Rio Jaru e a Linha 605, que marcaram positivamente o município e a Câmara foi parceira dessas ações.

 Mesa Diretora da Câmara de 2001 a 2004

Regimentalmente, a Mesa Diretora é órgão de direção dos trabalhos legislativos e administrativos da Câmara e conta com quatro vereadores. Entre outras atribuições, sua função é conduzir as ações que serão executadas em cada sessão e colocar os projetos do Executivo – e da própria Casa de Leis – para serem apreciados pelos demais pares. Durante o biênio 2001/2002, a composição ficou da seguinte forma: Presidente: Ivo Pereira Lima; Vice-Presidente: Geraldo Luiz da Silva; 1º Secretário: João Batista da Silva e 2º Secretário: Manases da Silva Rosa. Para o 2º biênio da mesma legislatura (2003/2004) houve apenas duas alterações. As mudanças foram nos cargos de 1º e 2º Secretário e o cenário apresentou a seguinte composição: Ulisses Borges de Oliveira (1º Secretário) e Antônio Carmona Tressoldi (1956-2012), o 2º Secretário.

 Mudança na quantidade de vereadores

A Resolução nº 21.702, de 02 de abril de 2004, emitida pelo Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, alterou a quantidade de vereadores nas Câmaras Municipais de todo o país e, em Jaru, houve uma redução de cinco vagas na Casa de Leis municipal. A mudança definida pelo TSE considerou o número de habitantes de cada localidade e Jaru se encaixou no segundo campo onde determinava que os municípios que possuíssem de 47.620 a 95.238 habitantes deveriam ter dez vereadores. A primeira escala da Resolução feita à época preconizava o mínimo de nove cadeiras no Poder Legislativo Municipal de todo o país e o máximo cinquenta e cinco, sendo essa última para locais onde o número de habitantes fosse acima de 6.547.612.

6ª Legislatura:

Vereadores da 6ª Legislatura (2005-2008)

Adilson Luiz Capelini Faria - 839 votos

Antônio Pereira Cabral - 689 votos

Carlos Wagner Matos - 650 votos

Carmivalda Gomes dos Santos Gom - 646 votos

Celso Rosa da Rocha - 395 votos

Cosme da Soledade Campos Bastos (1962-2024) - 469 votos

Ivo Pereira Lima* (1954-2011) - 892 votos

Juscimar Telek - 558 votos

Manases da Silva Rosa - 621 votos

Aguinaldo da Silva Lenque - 636 votos

Suplentes que tomaram posse:

Jean Carlos dos Santos - 804 votos

Edmilson Batista Moreira - 464 votos

Valdecir Cesco Orlandini** - 628 votos

*Até outubro de 2005

**Por alguns dias devido ao afastamento de Aguinaldo da Silva Lenque (que assumiu a prefeitura de forma provisória) 


Ivo Lima foi o 1º presidente na 6ª
Legislatura

A composição da 6ª Legislatura foi definida no dia 03 de outubro 2004, onde a população foi às urnas para escolher os dez vereadores que seriam eleitos, além dos cargos de prefeito e vice-prefeito. Após serem diplomados e empossados em 1º de janeiro de 2005, os legisladores e membros do Executivo deveriam concluir o mandato apenas em 31 de dezembro de 2008, quando já estaria definido o nome dos próximos representantes da sociedade jaruense. Mas, o período 2005-2008, apresentaria algumas surpresas.

A eleição para a Mesa Diretora que conduziria os trabalhos no período 2005-2006 transcorreu dentro da normalidade. Ivo Pereira Lima e Agnaldo da Silva Lenque foram eleitos respectivamente como Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal e os vereadores Adilson Luiz Capelini Faria e Carmivalda Gomes dos Santos Gon na função de 1º e 2º Secretários. A administração municipal estava caminhando com a reeleição do prefeito José Amauri dos Santos e parecia que seria uma das gestões mais tranquilas. Parecia.

Aguinaldo da Silva Lenque foi
o segundo presidente na 6ª
Legislatura

Em 12 de abril de 2005, a Câmara Municipal recebeu o Ofício nº 035/05-27ª/ZE, o qual comunicava que na data de 11 de abril de 2005, em decisão proferida nos Autos de Investigação Judicial nº 365/2004, o Juízo desta Comarca cassou os diplomas dos senhores José Amauri dos Santos, Melchior Sydnei Daniel e Ivo Pereira Lima (prefeito, vice-prefeito e vereador), sendo o último, então Presidente da Câmara. Em resumo, tratava-se de um processo de compra de votos em que os políticos citados foram acusados, mas todos eles alegaram que eram inocentes e que a acusação não tinha fundamento. À época dos fatos, muito se falou no Artigo 41-A da Lei Eleitoral 9504/97, de 30 de setembro de 1997, uma vez que a referida parte se trata de captação ilícita de sufrágio, um termo desconhecido em outros tempos, mas muito comentado devido à situação política em que o município se encontrava. Pereira (2013, p. 120), registra que “nos onze meses posteriores, houve dez trocas de prefeito [em Jaru], ou seja, praticamente um prefeito por mês”, causando assim uma série de transtornos para a condução dos serviços essenciais sob a responsabilidade do município.

Aguinaldo da Silva Lenque era 
vice-presidente da Câmara, mas chegou
a ocupar o cargo de prefeito entre
outubro e novembro de 2005

Devido aos acontecimentos políticos no âmbito municipal, o então vice-presidente da Câmara, vereador Agnaldo da Silva Lenque, comunicou aos edis do Poder Legislativo em sessão solene realizada no dia 13 de abril de 2005 que se afastaria do cargo em que havia sido eleito pela população e o que estava ocupando na composição da Mesa Diretora para assumir a função de prefeito de forma interina. A insegurança política culminou com a posse de dois vereadores para substituírem provisoriamente Ivo Lima e Agnaldo da Silva Lenque, pois resultados obtidos em instâncias superiores poderiam reverter completamente a situação do momento. Nessa época, os suplentes Jean Carlos dos Santos (1º suplente de Ivo Lima) e Valdecir Cesco Orlandini (suplente de Agnaldo da Silva Lenque) assumem as suas funções na Câmara devido à vacância provocada pela situação política.

Os fatores políticos da época culminaram também com alterações na Mesa Diretora. Em 13 de abril de 2005, durante a 20ª Sessão Extraordinária, deliberou-se entre os vereadores a escolha de um Presidente e Vice-Presidente interinos pelos próximos oito dias, conforme já previa o Regimento Interno do Poder Legislativo. Após a votação, decidiu-se que os vereadores Celso Rosa da Rocha e Antônio Cabral ocupariam os cargos. Foi uma solução provisória, mas necessária para o andamento das ações que cabem ao Poder Legislativo. Dois dias depois, José Amauri dos Santos, Melchior Sidney Daniel e Ivo Pereira Lima obtiveram decisão liminar favorável ao recorrerem à 2ª instância no Tribunal Regional Eleitoral e ambos foram reconduzidos aos cargos em que haviam sido eleitos, fazendo com que a composição dos membros dos poderes Executivo e Legislativo voltasse a ficar da forma como o resultado das urnas havia demonstrado no pleito eleitoral de 2004, mesmo que provisoriamente.

Em 14 de abril de 2005, o então Juiz Eleitoral Dr. Elsi Antônio Dalla Riva, diplomou na sede da Câmara Municipal de Jaru, o 2º colocado nas eleições municipais de 2004 ao cargo de prefeito e vice-prefeita, o senhor Ulisses Borges de Oliveira e a senhora Stella Mari Mortoni. À época, a posse de Ulisses e Stella ficou marcada para o dia 18 de abril de 2005, mas, havendo os senhores José Amauri dos Santos, Melchior Sydnei Daniel e Ivo Lima recorrido à segunda instância em 15 de abril, o Tribunal Regional Eleitoral proferiu sentença em favor dos mesmos, mantendo-os em seus respectivos cargos, permanecendo assim compostos – temporariamente – os órgãos Legislativo e Executivo Municipal.

Novamente, em 29 de agosto de 2005, foi recebido na Câmara Municipal de Jaru, o Ofício nº 109/05-27ªZE, o qual comunicava que na data de 26 de agosto de 2005, em decisão proferida nos Autos de Investigação Judicial nº 365/2004, o Juízo desta Comarca cassou novamente os diplomas dos senhores José Amauri dos Santos, Melchior Sydnei Daniel (Daniel Boiadeiro) e Ivo Pereira Lima. Dessa forma, em 30 de agosto de 2005, em sessão solene realizada no plenário da Câmara Municipal, o senhor Agnaldo da Silva Lenque (então vice-presidente na chapa em que Ivo Lima era presidente), comunicou o seu afastamento do poder legislativo para assumir o cargo de prefeito de forma interina. Nesse momento, ficou definido entre os vereadores, por maioria simples, que a vereadora Carmivalda Gomes dos Santos Gon, a Carmem, assumiria a Presidência da Câmara interinamente. Contudo, mais uma vez, em 1º de setembro de 2005, o Tribunal Regional Eleitoral proferiu sentença em favor de Amauri, Daniel Boiadeiro e Ivo Lima e, por meio de uma liminar, os conduziu, mais uma vez, aos seus referidos cargos.

Embora a eleição da Mesa Diretora para o biênio 2005/2006 tenha definido o vereador Ivo Pereira Lima como Presidente da Casa de Leis, devido ao fato de ter retornado ao cargo liminarmente, posteriormente, tanto ele quanto os demais acusados perderam a causa no julgamento do mérito do processo ainda no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RO) naquele ano. Com isso, tiveram que deixar os cargos para aguardarem a decisão definitiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora do mandato. Em 04 de novembro de 2005, a Câmara empossou Ulisses Borges de Oliveira, o segundo colocado na eleição municipal de 2004, no cargo de prefeito. A posse definitiva de Ulisses pela Câmara foi antecedida por uma polêmica posse feita pelo Poder Judiciário local, uma vez que, legalmente, cabe às Câmaras Municipais a realização de tal ato cerimonial.

Em 21 de setembro de 2005, o vereador Edmilson Batista Moreira, que era suplente do vereador Manases da Silva Rosa, assume uma cadeira na Câmara Municipal. O motivo foi que o titular da cadeira no legislativo havia se afastado do cargo para assumir a função de Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento.

Tonhão foi o 3º presidente da 
Casa de Leis em Jaru

O poder legislativo também contou com nova composição na Mesa Diretora nos anos de 2007 e 2008. Por decisão dos parlamentares, a formação ficou da seguinte forma: Antônio Pereira Cabral (presidente), Carlos Wagner Matos (vice-presidente), Carmivalda Gomes Gon (1ª secretária) e Jean Carlos dos Santos (2º secretário).

O processo de suposta compra de votos enfrentado por Ivo Lima, Amauri e Daniel Boiadeiro não abalou a confiança de nenhum deles, tampouco afugentou os seus eleitores, que naquele momento os viram como vítimas de um plano bem orquestrado. Amauri foi eleito como deputado estadual no ano de 2006 com a votação recebida de 11.849 eleitores e Ivo Lima retornou ao Poder Legislativo de Jaru de forma triunfal dois anos depois, quando, em 2008, foi eleito com 837 votos, o que lhe garantiu o quarto lugar no pleito. Além disso, o grupo político também conseguiu eleger Jean Carlos dos Santos naquele mesmo ano para o cargo de prefeito de Jaru em uma disputa com vários candidatos. O expressivo resultado credenciou Ivo Lima para ser novamente presidente da Câmara no 1º biênio da 7ª Legislatura. Já Daniel Boiadeiro, que não tinha uma carreira política, ficou, apenas, na primeira – e única – experiência, pois não disputou mais cargos eletivos.

A Câmara Municipal de Jaru foi composta por dez vereadores apenas nos pleitos de 2004 e 2008.  Em 23 de setembro de 2009, mediante a aprovação federal da Emenda Constitucional nº 58 houve uma alteração na redação do inciso IV dos Artigos 29 e 29-A da Constituição Federal, tratando das disposições relativas à recomposição das Câmaras Municipais. O município de Jaru foi contemplado nas regras definidas na alínea d, onde determinava que as localidades com mais de 50 mil habitantes e menos de 80 mil deveriam ter quinze vereadores. O Poder Legislativo também aprovou a Emenda nº 011/CMJ/MD/11 à Lei Orgânica do Município de Jaru em 20 de setembro de 2011 e, em uma nova redação, promulgou a alteração que entraria em vigor na eleição municipal de 2012.

Durante a gestão do prefeito Ulisses Borges (novembro de 2005 a junho de 2008), a Câmara votou e aprovou projetos do Executivo com foco na população, entre eles, o Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) dos servidores municipais, o Plano Diretor e a autorização para que os setores 4, 5, 6 e 8, além do Industrial, pudessem fazer a tão sonhada escritura pública. Em 2008, já na administração Stella Mari, o município entrou na era semafórica e ganhou três semáforos de uma única vez, ambos na Avenida Padre Adolpho Rohl. 

FONTE:

PEREIRA, Elias Gonçalves. Câmara Municipal de Jaru: 42 anos. 

Link das publicações:

1ª e 2ª Legislatura

3ª e 4ª Legislatura

5ª e 6ª Legislatura

7ª e 8ª Legislatura

9ª e 10ª Legislatura

História da Câmara Municipal de Jaru: 11ª Legislatura

Tatiane de Almeida Domingues A décima primeira Legislatura da Câmara Municipal se iniciou em 1º de janeiro de 2025 com a posse dos quinze ve...