Primeiro local de funcionamento da APAE de Jaru (Foto: Acervo da APAE) |
Para manutenção da entidade eram realizados eventos como bailes, chá beneficente, feijoada, festa da amizade, bingos, arraial, shows etc. Foi também estabelecido que uma parte dos recursos seriam advindos da própria comunidade e diversos órgãos públicos e entidades que colaboravam em nível de subvenção, entre eles, a Prefeitura de Jaru, a Legião Brasileira de Assistência (LBA), além de outros órgãos.
O número
de alunos cadastrados para serem beneficiados com o atendimento era um total de
50 (cinquenta), sendo que o atendimento dependia de espaço físico. Para
verificação da necessidade e número de alunos a atender foram realizadas,
então, visitas domiciliares nas localidades do Município e o espaço físico não
comportaria. Foi então que iniciou o atendimento na Escola criada pela APAE em
14/03/87 com 12 (doze) alunos. Os funcionários deveriam ser contratados pelo
Governo do Estado, reconhecendo que o processo de estruturação da APAE era lento
e o objetivo maior era promover o bem estar e ajustamento geral dos educandos
excepcionais no meio em que vive, estimulando estudos e pesquisas relativas aos
problemas dos excepcionais, auditivo, visual, mental, físico e comportamental,
contando sempre com a ajuda dos órgãos Federais, Estaduais, sócios, Lions Clube
de Jaru, comerciantes, industriais, pais, funcionários e comunidades em geral.Segunda sede da APAE de Jaru
(Foto: Acervo da APAE)
Para melhor funcionamento da escola, sempre na primeira semana de cada ano letivo, além da reunião com os funcionários, realizava-se reunião com os pais, expondo os objetivos e metas do trabalho, onde se solicitava ajuda dos mesmos para conservação do espaço físico da entidade através de mutirões nos finais de semana ou auxílio individual, conforme a possibilidade da cada um. Além disso, todos eram convocados a ajudarem nas festividades promovidas pela escola.
Sede da APAE em 31 de janeiro de 2020 (Foto: Elias Gonçalves)
Para
matrícula do aluno, já se fazia anamnese, estudo socioeconômico, triagens e
visitas domiciliares, além de acompanhamento médico pela pediatra voluntária,
Dra. Célia. Semestralmente era realizado estudo de caso de cada aluno, com
técnicos, ou seja, avaliações gerais das atividades com intuito de saber se
foram alcançados os objetivos gerais do trabalho com os alunos e com a família.
Devido à
carência das famílias dos educandos, através da assistente social eram
adquiridas as consultas com o Neurologista em Ji-Paraná. Os alunos eram
acompanhados das mães, psicólogo e assistente social até o local da consulta. O
tratamento dentário era realizado no Centro de Saúde do Município e caso
houvesse necessidade de anestesia geral, era encaminhado para o município de
Ji-Paraná no Hospital SESP. Posteriormente
a APAE conseguiu instalar-se em prédio próprio, o que facilitou o
aperfeiçoamento de suas estruturas.
A
APAE possui condições muito mais adequadas de atendimento aos educandos, sem
embargo de todas as dificuldades encontradas pelas instituições escolares
semelhantes espalhadas pelo país. No ano de 2004, se iniciou a construção da cozinha experimental e a ampliação da estrutura física da escola para melhor
instalação da equipe administrativa e técnico-pedagógica do estabelecimento de
ensino, sendo inaugurados esses novos pavilhões no ano de 2005. Posteriormente,
passou a serem desenvolvidas atividades pedagógicas, atendimento de
psicopedagogia, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia, além de oficinas de
capacitação profissional (marcenaria, cozinha experimental e artesanato). No
ano de 2005 quatro alunos foram colocados no mercado de trabalho.
A Escola Especial “Preciso de Carinho” é muito bem aceita pela sociedade jaruense e circunvizinhas. Os alunos participam de competições culturais de níveis estadual e interestadual obtendo excelentes resultados, o que demonstra sua atuação e potencial para o pleno exercício da cidadania.
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