Marechal
Artur da Costa e Silva (Taquari,
3
de outubro de 1899 — Rio de Janeiro,
17
de dezembro de 1969) foi um militar
e político brasileiro, o segundo presidente do regime militar instaurado pelo Golpe Militar de 1964.
Nascido no interior do Rio Grande do Sul, era então, quando assumiu a
Presidência da República, marechal do Exército Brasileiro, e já havia ocupado o
Ministério da Guerra no governo anterior, do marechal Castelo
Branco. Seu governo iniciou a fase mais dura e brutal do regime
ditatorial militar, à qual o general Emílio Garrastazu Médici, seu sucessor, deu
continuidade. Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5,
que lhe deu poderes para fechar o Congresso
Nacional, caçar políticos e institucionalizar a repressão e a
tortura, sendo que no seu governo, houve um aumento significativo das
atividades subversivas e de guerrilha visando combater o golpe militar de
1964 e o regime militar por ele instalado.
Costa e Silva foi filho de comerciantes
portugueses da Ilha da Madeira, Artur da Costa e Silva inicia
sua carreira militar ao ingressar no Colégio Militar de Porto Alegre, onde conclui
como primeiro da turma ou aluno-comandante. Casou com Iolanda Barbosa Costa e
Silva, filha de um militar. Em 1918 entra na Escola Militar de
Realengo (Rio de Janeiro), na qual se classificou como terceiro da
turma. Aspirante em 18
de janeiro de 1921, era segundo-tenente
em 1922
quando participa da tentativa de levante do 1° Regimento de Infantaria da Vila
Militar, a 5 de julho daquele ano.
Chegou ao generalato a 2 de
agosto de 1952 e alcançou o último posto - general-de-exército
- em 25 de novembro de 1961.
Estagiou nos Estados Unidos da
América, de janeiro a junho de 1944,
após ter sido instrutor-adjunto de tática geral da Escola de
Comando e Estado-Maior do exército. Adido militar na Argentina
de 1950
a 1952,
destacou-se por ter exercido o comando da 3ª Região Militar (Rio Grande do Sul), de 1957
a 1959,
da 2ª Divisão de Exército (São Paulo) e o comando
do IV Exército
(Pernambuco) de agosto de 1961 a setembro de 1962,
quando passou a chefe do departamento geral de pessoal e depois a chefe do
departamento de produção e obras.
No governo João
Goulart, reprimiu com extrema eficiência as manifestações estudantis
no nordeste, mas acabou afastado do comando do IV Exército. Ao final de 1963,
participou ativamente da conspiração que derrubou o Presidente da República
democraticamente eleito João Goulart, o qual os militares acusavam de estar
tramando um golpe de estado, e
assumiu o Ministério da Guerra logo depois de vitorioso o Golpe de 1964 no dia 31 de Março de 1964 e permaneceu ministro da
Guerra no governo Castelo Branco iniciado em 15 de
abril de 1964.
Como ministro da Guerra, tomou a
posição de defensor dos interesses da chamada linha dura da ultradireita no interior das
Forças Armadas e com o AI-2 que transferiu a eleição do novo presidente para o
Congresso Nacional. Costa e Silva se impôs como candidato à sucessão de Castelo
Branco de postos de responsabilidade.
Quando Costa e Silva estava em campanha
para a presidência de República, escapou por pouco de um atentado no Aeroporto
Internacional dos Guararapes em 25 de
julho de 1966, quando era esperado por cerca de 300
pessoas neste aeroporto em Recife. Foram vários mortos e feridos no que
ficou conhecido como o Atentado dos
Guararapes. Como seu avião entrou em pane, naquele dia, em João
Pessoa, Costa e Silva se dirigiu para Recife por automóvel.
Presidência
da República
No dia do seu aniversário, em 3 de
outubro de 1966, Costa e Silva foi eleito presidente da República pelo
Congresso Nacional, obtendo 294 votos. Foi candidato único pela ARENA.
O MDB
se absteve de votar. Tomou posse, em 15
de março de 1967, em meio a grandes expectativas quanto ao progresso
econômico e a redemocratização do País. Neste dia 15 de março, entrou em vigor,
a Constituição de 1967,
deixando de vigorar, a partir daquele dia, os 4 atos institucionais baixados
por Castelo Branco.
Extinguiu a Frente
Ampla, movimento de oposição que reunia políticos do período pré-64.
Combateu a inflação, revisou a política salarial e ampliou
o comércio exterior. Iniciou uma reforma administrativa, expandiu as
comunicações e os transportes, mas não resolveu os problemas da educação. A Frente Ampla era um movimento político composto
por políticos cassados, entre os quais Carlos Lacerda. As propostas defendidas
pelo movimento eram: Retomada
do poder pelos civis, reformas econômicas e sociais, anistia geral,
restabelecimento das eleições diretas em todos os níveis e Reforma Agrária
ampla.
Politicamente, porém, a situação se
tornava mais tensa. Em 26 de junho de 1968, membros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) lançaram
um carro-bomba
contra o Quartel General do II Exército,
em São Paulo. Mário Kozel Filho, soldado
que era sentinela naquele momento, dirigiu-se ao carro e morreu quando a carga
de dinamite
explodiu. Ainda saíram feridos gravemente outros seis militares. Ainda em 1968,
a morte do estudante secundarista Edson Luís
num confronto com a polícia provocou a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro.
A situação política agravou-se ainda mais em agosto, quando o deputado Márcio Moreira Alves recomendou, num discurso,
que as moças se recusassem a dançar com cadetes em protesto
contra o regime militar. O governo pediu licença ao Congresso Nacional para
processar o deputado, mas o pedido foi negado. Costa e Silva convocou então o Conselho de Segurança Nacional e, no dia 13 de
dezembro de 1968 (uma sexta-feira 13), editou o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que lhe
dava poderes para fechar o Parlamento, cassar políticos e institucionalizar a
repressão.
A Escola Marechal Costa e Silva
Vista aérea de Bom Jesus no ano de 1995 com destaque para a escola
Marechal Costa e Silva (Fonte: Acervo de Raimundo Vieira da Silva)
A escola estadual de ensino fundamental
e médio Marechal Costa e Silva foi criada pelo Decreto n.° 3919 de 29 de
setembro de 1988 e autorizada a funcionar pelo Parecer n.° 189/91 do Conselho
Estadual de Educação de Rondônia (CEE/RO). Contudo, a instituição iniciou as
suas atividades no ano de 1985, no Km 30 da Linha 610 em Jaru. O estabelecimento
de ensino está situado à Rua Zupelli s/n, no distrito de Bom Jesus.
Escola Marechal Costa e Silva em 1995
(Fonte: Acervo de Raimundo Vieira da Silva)Inicialmente o estabelecimento de ensino oferecia aulas de 1.ª a 4.ª séries. Posteriormente, de acordo com a necessidade da comunidade, foi autorizada também a matrícula para alunos até a 8.ª Série. Com a criação do Núcleo Urbano de Apoio Rural (NUAR) Bom Jesus e a escola sendo provida de professores qualificados foi concedida a implantação gradativa do ensino médio, tornando desde então a única da localidade a ofertar a última etapa da educação básica.
A escola Marechal Costa e Silva oferece
educação à crianças, jovens e adolescentes provenientes das linhas 608, 610,
612 e 614. O funcionamento da instituição é somente no período diurno e possui
o Conselho Escolar denominado “Lutando pelo Futuro”, o lema que a instituição
tem como objetivo primordial.
Frente da escola Marechal Costa e Silva no início de 2020
(Foto: Elias Gonçalves)
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